sexta-feira, 29 de janeiro de 2010


Vampiro

Eu sou a escuridão em sua forma mais amada
Eu sou o ódio, a solidão. Eu sou o nada
A face do abismo preparada sobre os teus olhos
E da minha boca escapa, os malditos óleos da maldade

Eu sou o vampiro e meu ego é minha sina
Quando nem no céu entro
E no inferno não me aceitam
Vivo como os antigos me preceitam
Morro por causa de um erro
Meu pecado

Eu sou o mais poderoso amante
A fúria transversal do sangue
Que atravessa até mesmo minha carne
E deixa ferver minhas células até que talhe
Minha volúpia inquietante

Eu sou o demônio
O maldito hormônio que te quer ver morrer
O mal de uma forma tão deliciosa
Que você sem perceber se joga
No precipício do que você crê

Eu sou rei como foi Ciro
E a humanidade há de escapar o lamento
Quando morrer o último
vampiro.


Autor desconhecido.







2 comentários:

  1. Simplesmente belo e ao mesmo tempo obscuro.
    Palavras de efeito..

    Meus parabéns!!

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  2. LAYSha..
    que poema mais lindo e profundo..
    belos e malditos, assim são as criaturas da noite.
    um enorme bjuivo no coração.
    tenha um fds dançando ao luar...
    loba.

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